terça-feira, 17 de abril de 2012

Quem vai me salvar de mim mesma?

A quem destino meus enigmas?
Despeje-os na folha em branco, ouço de um lado, exorcize-os, me sopram de outro. Dois caminhos sempre apontam e não posso me dividir. Preciso decidir. A cada instante, por longos segundos, a todo momento.
Persigo o equilíbrio, mas a corda é bamba e sempre pende para uma direção. Se estou no comando, saboreio a vitória, mas logo a tentação se aproxima e caio de novo. As vezes um mero deslize, outras um tombo e fratura.
Não sei se estou salva ou se estou perdida, ou, quiçá, ambas as coisas.
Quando reúno forças e sigo em frente, poucos metros depois a dúvida me alcança novamente. Estava certa, agora, não mais. E como faz?
Se na certeza tenho receio e na dúvida tenho medo? Não tem segredo, a estrada é longa e o caminho árido e solitário. Não há como nos libertarmos neste vôo cego.
A bifurcação nos acena no horizonte, e vem se aproximando. Demovê-la ou enfrentá-la? Decida. E sem levar peso extra. Largue sua mochila de dúvidas. E dobre em direção ao seu destino. Pronto. Não olhe mais para trás.

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