quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Gente de Verdade

Toda mulher vem de fábrica com o seu disparador pessoal de estresse. E, na maior parte das vezes, o bichinho vem desregulado.
Sentimos irritação com coisas que não combinam com nosso modelo bem sucedido de fêmeas desenvolvidas.
Conheço mulheres que se irritam com gente simpática. “Aff! ela ri demais, mostra os dentes demais, tem boa vontade demais”. Outras se pegam arrancando os cabelos com homens bonzinhos : “ele é muito certinho,  correto, perfeitinho...não serve para mim!”
Já conheci algumas que implicavam com homens vaidosos, outras que odiavam gente feliz...Freud ainda está tentando explicar...
Você entende o que digo: nunca estamos satisfeitas! Se temos o que queremos, queremos um pouco mais, ou se não temos o que queremos, sofremos pelo que não temos! Simples assim!
Eu sou do tipo que se incomoda com gente certinha. E como toda fêmea da raça, logo aciono o meu desconfiômetro ao me deparar com um indivíduo da espécie “perfeytus demays”. Gosto de gente que erra, que chora, que perde, que tem medo, que xinga quando está zangado, que fica carente quando está com medo. Não gosto daqueles que registram suas verdades em cartório, que nunca mudam de opinião, que brigam com os outros só para convencê-los que estão certos, que mostram mais que fazem, que fazem menos que podem. Não gosto. Nem de gente que está sempre feliz, sempre sem problemas, sempre com dinheiro no banco, sempre com filhos perfeitos, sempre tão falsos, tão estreitos.
Gosto de almas nobres, generosas, que mesmo que se arrependam depois, não cansam de ajudar e perdoar. Gente que insiste. Ou seja: Gente de verdade.

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